Permita que eu feche os meus olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te.
Permite que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silencio,
e a dor é de origem divina.
Permite que eu volte
o meu rosto para um céu
maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil
no sonho como as estrelas
no seu rumo.
Cecília Meireles
sábado, 17 de janeiro de 2009
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