sábado, 17 de janeiro de 2009

O meu nirvana




No alheamento da obscura forma humana,
De que, pensando, me desencarcero,
Foi que eu, num grito de emoção, sincero,
Encontrei, afina, o meu Nirvana!
Nessa manumissão schopenhaueriana,
Onde a Vida do humano aspecto fero Se desarraiga,
eu, feito força, impero
Na imanência da Idéia Soberana!
Destruída a sensação que oriunda foraDo tato
– ínfima antena aferidora
Destas tegumentárias mãos plebéias
–Gozo o prazer, que os anos não carcomem,
De haver trocado a minha forma de homem
Pela imortalidade das Idéias!

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